A Tipologia da Neologia Semântica | Autores: Tainá Marcelle Silva Moreira (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) |
Resumo: O léxico de uma língua está em constante modificação, visto que não é estático, e novas palavras surgem para expressar ideias, acontecimentos e objetos que passaram a existir naquela determinada sociedade. Um dos processos de formação de palavras mais utilizados pelo falante é a neologia semântica, ou seja, o surgimento de uma nova acepção para uma forma já utilizada e dicionarizada. Dessa forma, a cada novo sentido, uma nova unidade léxica. Neste trabalho, considera-se neologia semântica é preciso que o sentido apresentado pelo item lexical não esteja presente em uma determinada seleção de dicionários gerais, composta por: Dicionário Houaiss da língua Portuguesa, 2ª ed., de 2009; Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 5ª ed. (versão eletrônica), de 2010 e o Dicionário Caldas Aulete (2016), versão on-line. A literatura sobre o tema (CARVALHO, 2012; FERRAZ, 2010; MARTINS, 2016) entende que a neologia semântica forma palavras por expansões de sentido, ou seja, através de redes polissêmicas. Nesse sentido, os objetivos deste trabalho são: a) verificar se as ocorrências encontradas obedecem a essa afirmativa e b) estabelecer uma tipologia para os neologismos encontrados no corpus. O corpus desta pesquisa é composto por neologismos semânticos encontrados em peças publicitárias da revista noticiosa Veja, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2017. Uma análise preliminar mostra que essas ocorrências não são formadas apenas por processos polissêmicos; há casos de formação por homonímia. O referencial teórico que baseia este trabalho é composto por: Alves (1990) e Ferraz (2006), na conceituação e delimitação do neologismo, Ferraz (2010) e Carvalho (2012), na especificação da neologia semântica e Silva (2006), para a compreensão dos significados de polissemia e homonímia sob o viés da Semântica Cognitiva.
|
|