Pretendemos, neste estudo, apresentar resultados de uma plataforma digital (um website) que visa a disponibilizar, por meio de imagens digitalizadas em fac-símile e suas edições semidiplomáticas em PDF, documentos manuscritos referentes à escravidão negra em terras goianas. A plataforma, intitulada “Museu Virtual da Escravidão Negra em Goiás (MUVEN)”, resulta de atividades de pesquisa e inovação tecnológicas em Letras e áreas afins, como Humanidades Digitais. Com acesso para visitante e administrador, o MUVEN deverá configurar-se como um banco de dados de usuários que farão um cadastro no qual informem os motivos da consulta e de acesso aos documentos disponibilizados, nome da instituição de vínculo, origem e outros. Ao ter seu cadastro validado, o visitante poderá visualizar e fazer download dos documentos disponíveis no site. Dados de cadastro para acessar o MUVEN poderão fomentar parcerias e/ou estudos sobre interesses e áreas de atuação dos usuários da plataforma. O segundo nível de acesso é restrito aos administradores que visualizam, fazem download dos documentos, inserem novos arquivos no banco de dados do acervo virtual e verificam os cadastros de visitantes, podendo excluí-los quando necessário. A base teórico-metodológica do MUVEM são os estudos filológicos e suas interfaces, como História, Linguística. Neste sentido, embasados nas normas de edição de Megale e Toledo Neto (2005) e nas lições de Spina (1977), nossa proposta espera trazer levar as contribuições da Filologia para além do texto, fazer conhecer documentos raros e de acesso restrito a fóruns, igrejas, cartórios sobre a história da escravidão de africanos e seus descendentes em Goiás. Além da edição fac-similar, o MUVEN trará as edições semidiplomáticas, realizadas por pesquisadores do projeto “Em busca da memória perdida: estudos sobre a escravidão em Goiás”. De natureza diversa, os documentos constarão sob a forma de imagens digitalizadas em fac-símile, edições semidiplomáticas em PDF, com suas devidas ementas.