A ESCRITA COMO ATO SOCIAL E (RE) CRIATIVO: ANÁLISE DA ESCRITA DE ALGUNS ALUNOS DO ENSINO SUPERIOR | Autores: Iara Lopes Maiolini (UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso) |
Resumo: De uns tempos para cá, a questão da leitura e da escrita dos discentes do ensino superior tem tomado uma proporção bastante considerável. O Instituto Paulo Montenegro (IPM) juntamente com a ONG ação educativa mostraram que 38% dos discentes do ensino superior não conseguem ler e escrever satisfatoriamente, ou seja, o nível de proficiência em leitura e escrita de 38% dos alunos está ruim. Nesse sentido, tenho visto que a falta da prática da leitura e da escrita no ensino superior tem prejudicado substancialmente o desempenho acadêmico desses alunos, pois as atividades de ler e escrever são de suma importância no processo de organização de ideias, de argumentos e, por conseguinte, indubitavelmente, para a produção de textos, por exemplo, artigo científico, resenha, resumo etc. Observei que durante as leituras e interpretações, boa parte dos alunos, apresentavam alguma dificuldade relacionada a problemática aqui levantada. É nessa perspectiva conceitual que pretendendo desenvolver este trabalho: leitura e escrita como práticas sociais e (re)criativas, como ato significativo, objetivo e racional; é, portanto, uma atividade construtiva e (re)criativa. Assim, tenho como objetivo analisar alguns textos dos discentes de agronomia, da disciplina “Gêneros Acadêmico-Profissionais”, em que eles deveriam ler e interpretar algumas charges para depois escreverem um texto de cunho dissertativo-argumentativo. O foco principal foi observar a capacidade de leitura interpretativa, de construção argumentativa e uso adequado dos recursos de coesão e coerência textuais trabalhados em sala de aula. Pretendo analisar, portanto, a construção argumentativa dos discentes e os elementos linguísticos utilizados para transmitir suas ideias, pontos de vista, opiniões e argumentos. Para tanto, pela dimensão da linguagem em uso, o presente trabalho baseia-se no quadro teórico enunciativo-discursivo de Bakhtin, Volochinov e Medvedev. E, pela dimensão do ensino-aprendizagem, ancora-se no viés sócio-histórico de Vygotsky. Além dos estudiosos Pécora (1999), Antunes (2005) e Guedes (2009), dentre outros.
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