O domínio da leitura e da produção textual é de suma importância para a formação de sujeitos críticos e ativos socialmente. É por meio dessas habilidades que os indivíduos são inseridos na sociedade como cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. No entanto, os problemas relacionados às práticas de leitura e escrita são visíveis tanto na sala de aula como na vida cotidiana. Ademais, sabe-se que a gestão educacional — mediadora das práticas pedagógicas — bem como a disciplina de Língua Portuguesa têm papéis fundamentais no processo de desenvolvimento dessas habilidades. Desse modo, esta comunicação objetiva refletir sobre como a gestão educacional pode interferir e contribuir para o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita. Entende-se que para o avanço do ensino de Língua Portuguesa devem ser priorizadas ações conjuntas e articuladas (LÜCK, 2011). Assim, esta pesquisa fundamenta-se em concepções relacionadas aos processos de leitura e escrita — considerando-se o papel da escola na formação de leitores competentes (KOCH; ELIAS, 2015) — e à gestão educacional/escolar pública. Logo, não se pode pensar a gestão escolar como algo distante da finalidade da educação. (PEREIRA; KRÁS, 2014). A metodologia é pautada em estudo de campo, realizado por meio da elaboração e aplicação de questionários a membros da equipe gestora de uma escola pública de São Luís/Maranhão. Os resultados parciais demonstram que: a) não há o envolvimento direto de todos os membros da comunidade escolar na elaboração e aplicação de propostas voltadas para a leitura e a escrita; b) alguns professores estão relutantes em atualizar e contextualizar suas práticas; c) algumas das novas propostas da Base Nacional Comum Curricular relacionadas à disciplina de Língua Portuguesa terão que ser adaptadas à realidade da instituição. Dessa forma, tal temática gera inúmeras reflexões que culminam na importância de uma gestão escolar que seja realmente participativa.