Ensino de língua portuguesa em uma perspectiva sociocognitiva: a leitura no ensino médio técnico | Autores: Margareth Andrade Morais (IFRJ - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro) |
Resumo: Com base em uma perspectiva interacional e sociocognitiva da linguagem, esta comunicação analisará os mecanismos de referenciação presentes em diferentes gêneros textuais, demonstrando como o exame dessas formas e das demais pistas textuais atuam na construção de sentidos desses textos. As atividades, pensadas para o 1º e 2º anos do ensino médio, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), mostram como os recursos da língua revelam intencionalidades discursivas bem como a sua orientação argumentativa. A partir do aporte teórico da Linguística de Texto, entende-se o texto como lugar de interação e de construção de sentidos em que os sujeitos são ativos (KOCH, 2006; KOCH E ELIAS, 2009), o que resulta em uma percepção da leitura como uma atividade na qual a produção de sentidos é guiada pelo acervo sociocognitivo dos leitores, que atuam na formulação de hipóteses para a compreensão textual. Por isso, é necessário que, na escola, sejam observados os recursos empregados na tessitura textual, como os processos de referenciação, já que a leitura depende, conforme apontam Koch e Elias (2006), da nossa bagagem cultural e do nosso conhecimento linguístico. Desse modo, como já foi explicitado, serão analisados mecanismos de referenciação – anáforas direta e indireta, encapsuladores e elementos dêiticos – bem como as demais pistas textuais, uma vez que, para a construção da referenciação, são necessários conhecimentos socioculturalmente partilhados, que se refletem, diretamente, nas habilidades envolvidas no ato da leitura. Assim, conforme apregoam os PCN, é possível promover um ensino de Língua Portuguesa, tendo a língua como um produto histórico, social, pragmático e interacional.
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