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| A NEOLOGIA EM TEXTOS PUBLICITÁRIOS:
NEOLOGISMOS FORMADOS POR COMPOSIÇÃO SINTAGMÁTICA
| Autores: Kelly Maísa Araújo Carvalhaes (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) |
Resumo:
Em muitas gramáticas tradicionais do português brasileiro, o processo de formação de palavras por composição sintagmática é apresentado de maneira bastante sucinta, em geral sem um aprofundamento que explicite suas características lexicais e sintático-semânticas (CUNHA, 2011), assim como seu processo de lexicalização. A formação sintagmática é uma composição de elementos lexicais independentes, que apresentam entre si uma íntima relação sintática e semântica, de modo a formar uma unidade lexical. As formações sintagmáticas, quando unidades léxicas nominais, apresentam ainda uma ordem fixa dos seus constituintes: determinado seguido de determinante. O objetivo deste trabalho é mostrar o crescente número de formações sintagmáticas neológicas, encontradas na linguagem publicitária impressa, além de discutir conceitos e características desse tipo de composição no português do Brasil. As unidades léxicas sintagmáticas são encontradas com muita frequência nos vocabulários técnicos. E como os textos publicitários procuram divulgar todos os tipos de produtos comerciais, isto é, produtos relacionados com diversas áreas de especialidade, é muito frequente a ocorrência de unidades lexicais de especialidade ao lado de unidades do léxico comum. O critério adotado de identificação de neologismo é o de exclusão lexicográfica, que consiste na verificação do registro de unidades lexicais numa seleção de dicionários. Isto é, para a determinação do caráter neológico das unidades lexicais formadas por composição sintagmática, foi utilizado o princípio metodológico do corpus de exclusão, constituído, neste caso, pelos seguintes dicionários brasileiros: Dicionário Houaiss da língua Portuguesa, 2ª ed., de 2009; Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 5ª ed. (versão eletrônica), de 2010 e o Dicionário Caldas Aulete (2016), versão on-line. A fundamentação teórica, no âmbito da lexicologia, está apoiada nos textos de Guilbert (1975) e Alves (1990), na conceituação e delimitação da unidade lexical neológica; e Ferraz (2008, 2010), na análise do corpus, voltada para o desenvolvimento da competência lexical.
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