A pesquisa consiste em investigar, brevemente, o modo como a crítica biográfica e autobiográfica brasileira tem se desenvolvido no século XXI e o diferencial que promove em relação à prática crítica do século XX. Para tanto, analisaremos os discursos ensaísticos produzidos pelos seguintes autores: Eneida Maria de Souza (2011), (2002); Denilson Lopes (2002), (2009); Diana Klinger (2014); Alberto Pucheu (2007), (2014) e Ana Chiara (2006), (2015), os apresentado em relação e em tensão, a fim de compreender melhor o desenvolvimento do exercício crítico realizado no Brasil, as habilidades interpretativas e narrativas construídas por seus expoentes, verificando também a forma como os ensaístas se inserem no próprio trabalho que efetuam. Pretende-se, então, expor as estratégias de sedução do leitor, com o objetivo de entender  como o campo crítico tem se renovado. Será levado em conta os estudos realizados pelo sociólogo Pierre Bourdieu ao examinar o que denominou de As regras da arte: gênese e estrutura do campo literário (2010), considerando-o como espaço definido por posições, disposições, negociações, engrenagens que envolvem a produção, a circulação e o consumo do material artístico. Almeja-se, ainda,  problematizar os impasses, a ressonância do discurso da crítica hoje e seu processo de reconfiguração diante das novas demandas dos universos digitais e audiovisuais.