(RE) CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE E DA MEMÓRIA MOÇAMBICANA NOS CONTOS DE PAULINA CHIZIANE | Autores: Márcia Neide dos dos Santos Costa (UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana) |
Resumo: Com este trabalho, objetivamos discutir qual a contribuição literária da escritora Paulina Chiziane para a recuperação da memória e identidade dos povos moçambicanos. Portanto, através da obra de contos intitulada “As andorinhas” (2013), tentaremos alcançar esse objetivo. Para isso, utilizaremos como corpus, os dois primeiros contos do livro: Quem manda aqui? e Maundlane, o criador. Além da fundamentação teórica a exemplo do escritor moçambicano Francisco Noa (2015), da professora de São Tomé e Príncipe, Inocência Mata (2013), Homi Bhabha (2007), Laura Padilha (2005) e teóricos que nos ajudarão na discussão a respeito da identidade e memória: Le Goff (1996), Joël Candau (2011), Ecléa Bosi (1983), Stuart Hall (2006), entre outros. O trabalho tem um caráter bibliográfico e fará, inicialmente, a apresentação da autora Chiziane, mostrando a importância de uma escritora negra em Moçambique, sendo a primeira mulher a publicar uma obra no seu país. Em seguida, faremos a análise dos contos, discutindo os aspectos temáticos e literários, identificando, por meio de fragmentos, como Paulina Chiziane busca (re) construir a identidade nação, trazendo a memória dos heróis moçambicanos: O Imperador de Gaza, Ngungunhana e o militante da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Eduardo Mondlane. Com a análise destes contos, percebemos que Paulina Chiziane consegue recuperar a identidade, cultura e tradição dos povos moçambicanos, unindo História e ficção, fazendo com que o leitor reflita o contexto político, colonial e pós-colonial de Moçambique. Essa junção da história e ficção nas narrativas de Chiziane, se dá de forma lírica e ao mesmo tempo crítica e provocativa.
Agência de fomento: CAPES |
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