O paraense Benedito Nunes é considerado um dos principais críticos literários da “Geração de 45”. Até porque, no início de sua carreira nas letras, os principais poetas dessa geração publicaram seus poemas no “Suplemento Arte Literatura” do jornal Folha do Norte, de Belém do Pará, incluindo vários poetas de diferentes estados brasileiros, conhecidos como representantes da Terceira Fase Modernista, ali estampando seus poemas no encarte enfocado, entre eles: João Cabral de Melo Neto (1920-1999); Péricles Eugênio da Silva Ramos (1919-1992); Dantas Motta (1913-1974); Alphonsus de Guimarães Filho (1918-2008); Bueno de Rivera (1911-1982); Mário Quintana (1906-1994); Ledo Ivo (1924-2012); Fernando Ferreira de Loanda (1924-2002); José Paulo Paes (1926-1998); Darcy Damasceno (1922-1988); Domingos Carvalho da Silva; Édson Régis de Carvalho (1923-1966); Mauro Mota (1911-1984); Geir Campos (1924-1999); e Marcos Konder Reis (1922-2001).  Todos eles dão a lume poemas seus no mesmo encarte jornalístico em que os colegas iniciantes do Pará publicam, como o neto do dono da Folha do Norte, Haroldo Maranhão (1926-2004), que cria e orienta o “Suplemento Arte Literatura”; Alonso Rocha (1923-2011), Max Martins (1927-2009) e Benedito Nunes (1929-2011), que se tornaram modernistas em 1946; além de Mário Faustino (1930-1962), Cauby Cruz (1926-1966) e Jurandyr Bezerra (1928-2010), muitos dos quais foram leitores de poetas europeus, como Fernando Pessoa, Baudelaire, Maiakovski, Rainer Maria Rilke, Höelderlin e Rafael Alberti, bem assim de poetas das América Hispânica, como Pablo Neruda, e da América Anglo-Saxônica, como Walt Whitman e T.S. Eliot, que, nascido nos Estados Unidos, aos 25 anos mudou-se para a Inglaterra. Assim sendo, com a presente comunicação, pretendemos demonstrar o papel de Benedito Nunes enquanto crítico literário dessa geração modernista no início da carreira desses poetas brasileiros supracitados.