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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


A produção de instrumentos linguísticos para o ensino de Língua Portuguesa em territórios indígenas nos anos 1980

Autores:
Taís da Silva Martins (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo:

Buscaremos, nesta apresentação, lançar um olhar sobre instrumentos linguísticos elaborados no âmbito de um projeto de formação de formação de professores indígenas, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no então Território Federal de Roraima, nos anos 1980, que culminou na constituição de um projeto de alfabetização bilíngue. Cabe ressaltar que este projeto envolveu intensamente professores do Curso de Letras Licenciatura da UFSM. Entre eles destacamos as professoras Neusa Carson,  linguista, especialista em línguas indígenas, com uma produção extensa na área, que primeiramente foi para o território para conhecer a língua e descrevê-la e Aldema Menine, professora de Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa, que possuía um trabalho voltado para o ensino de língua em região (zona) de fronteira e em educação no campo, que foi inicialmente para ministrar disciplinas de Didática e Estágio, no Curso de Letras que a UFSM possuía em Roraima. O arquivo de nossa pesquisa é composto de duas cartilhas, uma em Língua Macuxi (Makusiyami'ya Teserukon ko'mannîpî – os índios conservam sua tradição) e os e outra em Língua Portuguesa da cartilha em Língua Portuguesa adaptada à realidade indígena (Aprendendo com a Natureza), ambas produzidas com assessoria das professoras Neusa Carson e Aldema Menine. Cabe ressaltar que tomamos a noção de “instrumento linguístico”, a partir de Auroux (2009), estamos em consonância com Silva Sobrinho (2013), quando este afirma que “nesse quadro teórico, o instrumento linguístico é pensado na perspectiva de suas funções instrumentais nas práticas linguísticas – ele ampliaria a “competência linguística” do falante”. Destacamos ainda que, nossa pesquisa está inserida em uma perspectiva teórica que pode ser entendida ao modo de uma articulação entre AD e HIL, tal como formula Nunes (2008, p.111) ao afirmar que “há uma produtividade específica quando a AD se posiciona no entremeio com a HIL”.