Atualmente, a interação entre duas ou mais pessoas via computador, tablet ou smartphone tornou-se algo rotineiro. E muitas delas utilizam esses dispositivos para aprender línguas adicionais. Através da prática de teletandem, falantes nativos ou proficientes de idiomas distintos, os quais se encontram distantes fisicamente, disponibilizam-se a aprender a língua do outro e a ajudar o outro a aprender a sua, de maneira colaborativa. Este trabalho propõe-se a refletir sobre a aprendizagem virtual e colaborativa de língua portuguesa como língua adicional através de interações via teletandem. Por meio de uma pesquisa bibliográfica, discutiremos, baseadas na Linguística Aplicada Indisciplinar (MOITA LOPES, 2013), na Pedagogia dos Multiletramentos (ROJO, 2012), na Complexidade que permeia o processo de ensino-aprendizagem de línguas adicionais (PAIVA, 2011), na Perspectiva Sociocultural de construção do conhecimento (VIGOTSKI, 2001) e no Teletandem como instrumento para a aprendizagem colaborativa de línguas (TELLES, 2015), algumas pesquisas que tem sido desenvolvidas no Brasil com o teletandem, com ênfase na aprendizagem de Língua Portuguesa como língua adicional. Acredita-se que a prática em teletandem, além de contribuir para a motivação dos participantes para aprender uma língua adicional, proporciona oportunidades para que se possa refletir sobre a sua língua nativa, enquanto acontece o intercâmbio linguístico e cultural entre os pares, o que pode ajudar a desfazer estereótipos e conhecer mais da cultural do outro.