Professores em formação: descortinando suas práticas a partir de suas crenças sobre ensino de língua inglesa em escolas públicas | Autores: Letícia Telles da Cruz (UNEB - Universidade do Estado da Bahia) |
Resumo: Esse trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa longitudinal, do tipo etnográfica e de natureza qualitativa, realizada com alunos do curso de Letras/Inglês de uma universidade pública no interior da Bahia, através do componente curricular Estágio Supervisionado, no período de 02 anos (2014 e 2015), motivada pela seguinte questão-problema: qual o efeito que o engajamento de professores de LI em formação, em um processo coletivo de reflexão, promove em suas crenças e, por consequência, em suas práticas? Com o objetivo de ajudá-los a rever as suas concepções de ensino/aprendizagem de Língua Inglesa (LI), a partir da investigação do que eles acreditavam (suas crenças) e como eles se comportavam (a influência das crenças no comportamento), “momentos catalisadores de reflexão” (BARCELOS, 2006) permearam toda a pesquisa, ajudando-os a compreender as suas atitudes em sala de aula, as suas escolhas em termos de abordagem, metodologia e atividade, a partir do reconhecimento de suas crenças. A utilização de uma variedade de procedimentos/instrumentos para geração de dados, tais como questionários, oficinas/encontros, entrevistas, narrativas, observação de aulas dadas pelos participantes, forneceu informações que revelaram incongruências entre o dizer e o fazer desses professores em formação, movidos por crenças formadas ao longo da experiência de vida de cada um e que podem ser bem centrais e estáveis. Essa pesquisa sustenta-se na base teórica sobre formação de professores reflexivos (DEWEY, 2009; SCHON, 1983, 2000; ZEICHNER; LISTON, 1996; PIMENTA, 2000; PERRENOUD, 2002; ALARCÃO) e sobre os estudos de crenças na formação desse professor (ALVAREZ, 2007; BARCELOS, 1995, 2001, 2006, 2007, 2011; KALAJA, 2006; PAJARES, 1992), ambas necessárias para as reflexões feitas sobre formação de professores, que foram levados a refletir sobre sua prática (reflection-on-action), especialmente diante de “zonas indeterminadas de prática” (SCHON, 1983, 2000), durante o Estágio Supervisionado.
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