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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


Linguagem, discurso e identidade de discentes do ensino fundamental em situação de exclusão: um grito de socorro!

Autores:
Patrícia da Silva Soares (UNIR - Universidade Federal de Rondônia) ; Marília Lima Pimentel Cotiguiba (UNIR - Universidade Federal de Rondônia)

Resumo:

Esta pesquisa objetiva de modo geral desenvolver ações na prática de escritas de adolescentes e jovens em situação de exclusão em sala de aula, refletindo sobre a formação da identidade e das subjetividades desses sujeitos enquanto missão social da escola e do professor que trabalha a partir dessa realidade. De modo específico pretende-se: a) analisar a adolescência como identidade singular na/pela subjetividade, via escrita de si; b) interpretar essa subjetividade a partir da escrita do próprio adolescente num determinado momento histórico, social e ideológico em que vive; e, c) descrever marcas dos discursos e interdiscursos que perpassam os sujeitos pesquisados. Assim, investigaremos como é construída a identidade desses sujeitos e quais os efeitos de sentido que perpassam quando se sente excluído. A justificativa se dá devido a números alarmantes de casos de bullying e de exclusão em sala de aula. O corpus dessa pesquisa será composto por redações produzidas por alunos do 9º ano do ensino fundamental de uma escola da cidade de Porto Velho (RO) e a discussão dos resultados apresentará aulas para produção de cartazes de discussão sobre a temática bullying. Os dados coletados serão interpretados numa perspectiva teórica e metodológica da Análise do Discurso de linha francesa, inaugurada por Pêcheux (1988), que considera a linguagem em relação à exterioridade, articulando-a ao materialismo histórico, à Linguística e à Psicanálise; recorremos às contribuições do filósofo Foucault (1998, 2005) para a questão da escrita de si e em conceitos de Derrida (2002 e 2005) e Coracini (2002, 2003a e 2003b, 2010) e ainda as definições de representação indenitária, discutindo a escrita como marca singular na formação desses sujeitos excluídos, (AUTHIER-REVUZ, 1998), em que, a todo o momento, é instado a falar de si e do outro na ilusão de que é fonte intencional do sentido.