O trabalho em questão trata da circulação e recepção a literatura infanto-juvenil amazonense de escritores indígenas e não indígenas, circulando-a em uma escola pública de Parintins, por meio de oficinas de leitura na perspectiva da Estética da Recepção. A Estética da Recepção entende o leitor como terceira via do texto e o considera como coautor, pois ao ler e interpretar um texto, em especial o literário, ele também está produzindo sentidos, logo o leitor também é um produtor de texto. Ao se trabalhar a literatura infanto-juvenil amazonense dá-se vez e voz a muitos escritores da literatura infanto-juvenil amazonense que estão no mercado editorial local e nacional, contudo são praticamente desconhecidos do público leitor local. Por isso a necessidade de se desenvolver práticas de leitura que possam apresentar essa literatura e seus devidos autores e ao mesmo tempo provocar a participação ativa dos alunos das escolas selecionadas para o desenvolvimento do projeto.A literatura infanto-juvenil amazonense, no imaginário inscrito em seus textos,  traz à tona as especificidades, a riqueza, as representações e significados dos que habitam o espaço amazônico. Entende-se que promover a leitura e a divulgação da Literatura Infanto-juvenil Amazonense é dar aos seus receptores o privilégio de ter acesso a uma literatura cujo imaginário nos leva a conhecer melhor o Amazonas, pois traz no seu corpus os mitos, as lendas, as crenças, a maneira de ver e estar do homem amazonense.