Neste trabalho, a partir da análise de mapas escolares produzidos por professores, no período compreendido entre 1840 e 1860, pretende-se apresentar dados iniciais que revelam o perfil de sujeitos que tiveram acesso a práticas de leitura e escrita em contextos escolares, na Vila de Santo Antonio de Jacobina, no século XIX. Trata-se de um desdobramento da pesquisa de doutorado em andamento no Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura, da Universidade Federal da Bahia, cujo objetivo é verificar como se deu a difusão do escrito numa vila do sertão baiano no oitocentos, num período posterior à Lei de 1827. Nesse sentido, apresenta-se como proposta metodológica a pesquisa documental, de natureza qualitativa, cujos dados têm sido coletados em fontes historiográficas primárias, localizadas e datadas no Arquivo Público do Estado da Bahia – APEB, Seção Colonial e Provincial. Este trabalho está inserido na História da Cultura Escrita, na perspectiva da história da escolarização, com enfoque no ensino da língua portuguesa no Brasil. Desse modo, por meio desta pesquisa, espera-se contribuir para a composição da história da cultura escrita no Brasil - em especial da Bahia - que, pela vastidão de seu território, possui dados desconhecidos ou ainda pouco explorados, especialmente relacionados às pequenas cidades, vilas e povoados.