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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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UMA ANÁLISE SEMÂNTICA NO CONTO A TERCEIRA MARGEM DO RIO, DE GUIMARÃES ROSA

Autores:
Eneli de Araújo (CSLF - Colégio Santa Lúcia Filippini RO)

Resumo:

Este artigo tem como recorte principal a semântica dentro do conto “A terceira margem do rio”, de Guimarães Rosa. O conto faz parte da última coletânea de escritos publicada pelo autor em 1962, conhecida como Primeiras Estórias. A obra chegou ao mercado editorial com a difícil missão de superar, outras grandes obras do autor, leia-se Sagarana (1946), e Corpo de Baile (1956), e cumpriu com êxito sua função. Sendo logo aclamada mundialmente. Entendendo que a obra rosiana é fonte inesgotável de análise, nosso intento vale-se da apresentação, apenas, de nossas impressões e considerações acerca dos termos, e dos sentidos, ricamente construídos pela gramática própria do autor. Destacar o belíssimo tear de palavras que sua prosa poética apresenta, e como seu texto pede um leitor ideal, capaz de entender o enigma de sua escrita, ou como ele mesmo diria linguagem elaborada. Para balizar nossos apontamentos e, enfatizar a grandeza dessa linguagem, lançaremos mão de estudos semânticos que responderão pelas figuras de palavras ou tropo. Destacando como a escolha de determinadas figuras enriqueceram o conto, dando-lhe sentido, movimento, barulho, sensações, cores e tantas outras significações. As figuras sintáticas e/ou de construção responderão questionamentos sobre os desvios em relação às concordâncias, às repetições e omissões de termos. Figuras de pensamentos explicarão as alterações em um determinado desvio, o fenômeno acontecendo em nível intencional do falante. E ainda, as figuras de som ou harmonia que tornara possível entender construções de palavras que causam sentido de sons e barulhos produzidos por seres ou coisas. Nosso aporte teórico dar-se-á á luz de considerações tecidas por Hélio de Seixas GUIMARÃES e Ana Cecília LESSA em suas Figuras de Linguagem (1996), Márcia CANÇADO e o Manual de Semântica (2008), ARISTÓTELES, Retórica (2015), Jorge Luis BORGES Ofício do verso (2000), e Marcos BAGNO Gramática Pedagógica do Português Brasileiro (2012).