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| ANALISANDO O COMPORTAMENTO SINTÁTICO E DISCURSIVO DA FUNÇÃO SUJEITO NO GÊNERO OUTDOOR | Autores: Joaquim Gomes Caboclo (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Marta Anaísa Bezerra Ramos (UEPB - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA) |
Resumo: Nesse trabalho, debruçamo-nos na análise do comportamento da categoria sintática “sujeito”, em sentenças que compõem o gênero outdoor, objetivando refletir sobre as estruturas usadas pelos falantes/ouvintes quando da elaboração dos textos e os efeitos resultantes das escolhas realizadas. Partimos do pressuposto de que há uma relação entre gramática e discurso, o que se reflete no texto. Para desenvolver este estudo, fizemos um levantamento da abordagem de diferentes gramáticas tradicionais no que diz respeito à definição de sujeito, bem como as propostas de autores que concebem que a análise dos fatos linguísticos deve ultrapassar o nível sintático, razão de realizarmos um estudo bibliográfico de abordagens de base funcionalista, a fim de observar as sugestões de pesquisadores que estudam esse tópico gramatical. A base teórica que fundamenta o trabalho advém de vários gramáticos, entre eles Cunha e Cintra (1985), Perini (2003), Bechara (2009), Neves (2000), Azeredo (2014), além de linguistas, a exemplo de Brandão (2012), Pontes (1986), Bravin (2012) Dias (1997), Irandé (2010), entre outros. Como, no contexto escolar, o ensino de gramática tem mais caráter prescritivista do que descritivista, com exercícios classificatórios, através de frases descontextualizadas, buscamos respaldo em perspectivas inovadoras de conceber a língua, comungando com as ideias de Irandé, que defende que mais importante que classificar o sujeito da oração é saber quais efeitos práticos se conseguem com o uso de um determinado tipo de “sujeito”. A análise, embora ainda em andamento, sinaliza uma tendência, no gênero sob investigação, de estruturas com sujeito “elíptico”, ou “indeterminado”, revelando que a língua é uma rede de escolhas que o falante faz para se comunicar. Assim, consideramos reducionista uma abordagem do sujeito por critérios puramente sintáticos, defendendo que o estudo dos fenômenos linguísticos, não pode desconsiderar a organização linguística como uma rede de significados.
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