A negociação de co-pertencimento de professores e alunos na sala de aula de PLE | Autores: Caroline Caputo (UFSB - Universidade Federal do Sul da Bahia) |
Resumo: O presente artigo apresenta como as experiências vivenciadas por professores e alunos de Português como Língua Estrangeira (PLE) influenciam a construção de categorias culturais, bem como suas construções identitárias ao longo do processo de ensino/aprendizagem. Os aprendizes, como membros de uma cultura específica, ordenam seus conhecimentos categoricamente de acordo com suas percepções e interpretações do mundo social e as organizam em coleções de categorias (SACKS, 1992). Entende-se o conceito de identidade (ALMEIDA FILHO, 2011; VIEIRA-ABRAHÃO, 2004) como uma questão de pertencimento (SCHEGLOFF, 2007), ou seja, o que o aprendiz de PLE observa ter em comum com os outros aprendizes na interação e o que o diferencia dos demais a partir de uma observação dos conhecimentos linguísticos e culturais nas práticas sociais. A sala de aula de PLE permite o registro de observações dos participantes que, a cada momento, apresentam o seu envolvimento no que está sendo dito ou feito na nova cultura e que organizam os seus conhecimentos relevantes por meio de categorias de pertencimento (SACKS; SCHEGLOFF, 1972, 1974, 1992, 2007), sendo que membros de uma cultura ordenam conhecimento categoricamente de acordo com suas percepções e interpretações do mundo social. Dessa forma, a base empírica deste artigo focaliza os conceitos de categorização de pertencimento analisados em questionários sobre interações interculturais realizadas em 2015 nas aulas de PLE na Universidade Federal de Viçosa (UFV).
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