Parrtindo da pesquisa de doutorado “Identidade de gênero no espaço escolar: possibilidades discursivas para a superação da heteronormatividade”, de Gonzalez
(2018), desenvolvida no âmbito projeto “Corpos e identidades como práticas sociodiscursivas: estudos em Análise de Discurso Crítica”, procurarei analisar os recentes desdobramentos políticos e as representações midiáticas especulativas, persecutórias e acusativas que envolvem as temáticas de gênero e sexualidade no âmbito escolar.
A conjuntura atual, de aumento de discursos extrema-direitistas e contra os direitos humanos, representa uma série de riscos para o sucesso de discursos progressistas no campo dos direitos humanos, especificamente direitos sexuais e de gênero. Uma agenda persecutória foi montada e elaborada como estratégia de campanha política e auxiliou sobremaneira na alavancagem eleitoral de um cadidato à presisidência da república. Comparando os resuldatos de pesquisa apresentados em Gonzalez (2018) à série de erros e notícias falsas propagadas pela campanha do canditado, apresentarei algumas análises que apontam possíveis cenários futuros em que gênero e sexualidade em espaços de educação formal ocupam lugar protagonista como moeda de troca eleitoral.
O objetivo, com a apresentação deste trabalho, é fomentar uma discussão crítica sobre os avanços conquistados nos últimos anos, apontando para o fortalecimento de ações que fometam a Consciência Linguística Crítica, bem como a denúncia de estratégias equivocadas de plataforma eleitoral que coloca em risco e em cheque ações de formação protagonistas e emancipatóricas.