NOMES INDÍGENAS DE CIDADES MATO-GROSSENSES: LUGARES DE SIGNIFICAÇÃO | Autores: Elisandra Benedita Szubris (UNEMAT - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO) |
Resumo: O presente trabalho apresenta como proposta um estudo sobre a nomeação de cidades fundadas no século XX, no estado de Mato Grosso, que se deram a partir de nomes indígenas. Para a Semântica do Acontecimento (GUIMARAES, 2005,2018), teoria a qual inscrevemos este trabalho, estudar o funcionamento dos nomes próprios é uma tarefa essencial para compreendermos de que modo se dá o agenciamento do falante, como aquele que diz e que nomeia algo a partir de um lugar social e político que o constitui como falante. O objetivo norteador da pesquisa é o de observar como os nomes indígenas significam para a constituição do território marcando a (re)existência da identidade - linguística, social e cultural - dos povos nativos da região. O trabalho encontra-se em fase inicial e pretendemos, inicialmente, analisar as estruturas formais dos nomes através de seu funcionamento morfossintático, em seguida o funcionamento semântico-enunciativo e, por fim, observar o memorável que é retomado por esses nomes. Esperamos que as análises empreendidas contribuam para as reflexões feitas sobre nomeação e significação, bem como, na compreensão do movimento das línguas que configuram o espaço de enunciação do Brasil, espaço marcado pelo embate entre língua portuguesa e línguas indígenas e que produzem lugares de significação nas enunciações do/sobre o estado.
Agência de fomento: CAPES |
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