A ortografia possui um papel destacado na normalização e perdurabilidade de uma língua, fazendo dessa um veículo de comunicação eficaz, ressaltando as diferenças individuais, sociais e geográficas. Como resultado de todos esses ecos creditados à ortografia, esta segue ocupando uma parte importante de todo o tempo escolar e da atenção dos professores e estudantes.  O presente trabalho descreve resultados de uma experiência didática aplicada em uma turma de 6º ano de uma escola municipal de Feira de Santana – BA, e justifica-se por, na referida escola, os resultados não serem animadores: os estudantes parecem não avançar suficientemente e cometem rotineiramente os mesmo erros ortográficos. Logo, o objetivo dessa experiência consistiu-se em minimizar os problemas ortográficos apresentados por esses estudantes, bem como conscientizá-los da importância de escrever ortograficamente dentro da escola e fora dela. Como fundamentação teórica, seguimos ideias defendidas por Morais (1998), Lemle (2009), Bortoni-Ricardo (2006), Zorzi (1998), em torno da discussão da natureza dos erros ortográficos dos estudantes. Assim, a partir do que propõem esses autores, os erros encontrados foram agrupados em: a) erros decorrentes da influência da oralidade na escrita; e b) erros decorrentes da natureza arbitrária do sistema de escrita. Para a coleta de dados, inicialmente foi solicitado aos participantes que escrevessem um pequeno texto sobre as diferenças percebidas entre duas cenas análogas. Por fim, realizamos uma quadrinização do gênero conto para HQtrônicas, em ferramentas digitais. Metodologicamente, amparamo-nos em aportes de Bronckart (1999) e Dolz e Schneuwly (2004) tanto para descrevermos uma proposta didática no modelo de sequências de atividades (SD) como para discutirmos sobre a importância dos gêneros textuais em sala de aula. Os resultados demonstram que a quadrização de contos minimiza erros de escrita em virtude de favorecer a construção de sentido na leitura.