O presente trabalho realiza a análise do discurso publicitário sustentável no espaço urbano do município de Sinop, Estado do Mato Grosso, Brasil, a partir dos pressupostos teórico-metodológicos da teoria da Análise do Discurso Materialista Francesa que contextualiza a materialidade da língua falada, escrita e documentada em um processo histórico e sendo uma disciplina de interpretação, para a compreensão da importância do uso do conceito de sustentabilidade, como acontecimento, nas propagandas imobiliárias a fim de vender seus loteamentos e os deslizes dos sentidos produzidos neste comércio. Para a realização desta pesquisa, investigou-se as propagandas de empresas da região norte de Mato Grosso, no primeiro semestre de 2018, como panfletos, portfólios e reportagens em jornais online. O conceito de sustentabilidade, nasceu com a ideia de desenvolvimento sustentável, proposto durante a Primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Estocolmo, na Suécia, em 1972. Para que um empreendimento humano seja considerado sustentável, é preciso que ele seja: ecologicamente correto; economicamente viável; socialmente justo e culturalmente diverso. Na presente análise, o conceito passa a abarcar sentidos como o de ocupação planejada, o de áreas para moradias autossustentáveis contempladas com parques, educação, comércios, serviços, escritórios e espaços comuns democráticos para o lazer e esportes e a integração com áreas verdes. Conclui-se que as empresas imobiliárias em espaços urbanos que tem como práticas de inclusão ecológicas em seus empreendimentos nasceram a pouco tempo e estão na contramão do que é considerado historicamente vendível, como espaços limpos de mata nativa. A questão fundamental é refletir sobre o sujeito consumidor em relação aos recursos naturais, pois, a propaganda político-ecológica persuade e se coloca como verdade, dessa forma a influência do tema sustentabilidade é relevante na decisão de compra.