Este trabalho, no cenário em que as novas interfaces midiáticas têm se incorporado ao ambiente escolar proporcionando mudanças significativas nas suas estruturas física, pedagógica e funcional, define por objetivo analisar o que sabem e o que dizem os professores sobre o ensino dos gêneros, e a avaliação que fazem do livro didático e da sua práxis dos professores, nesse sentido, levantamos as problematizações: como esses livros didáticos de Português têm abordado a temática dos gêneros digitais? E, quais são os saberes e fazeres dos professores quanto ao ensino dos gêneros digitais? Nosso aporte teórico está fundamentado em Bakhtin (1997), que nos fornece subsídios teóricos em relação à concepção dialógica da linguagem e elucida os gêneros do discurso; Marcuschi (2008,2009), que apresenta a língua como interação; Rojo (2012,2013) e Xavier (2010), que abordam o uso dos gêneros digitais. Realizamos  uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso (ALVES MAZZOTI E GEWANDSNADJER, 2004). Nos procedimenatos metodológicos, foram analisados os livros didáticos de português (CEREJA E COCHAR, 2015) correspondente ao anos finais do ensino fundamental. Na escola realizamos um grupo focal Gatti (2005) com os professores de língua portuguesa. No referido grupo realizamos diálogos e entrevistas no sentido de analisar os saberes quanto aos gêneros digitais e a avaliação que eles fazem do livro didático e da sua práxis. Resultados mostram que os gêneros digitais são abordados pelos LDP’s em coleções recomendadas pelo Programa Nacional do Livro e Material Didático 2017-2019 (PNLD) e aponta que esses gêneros já estão consolidados na linguagem e nas práticas sociais dos indivíduos, e que os professores avaliam positivamente a abordagem do material didático. Na pesquisa, foram analisados e descritos uma série de gêneros digitais frequentes em livros didáticos de língua portuguesa (LDP´s) do ensino fundamental.