TOPONÍMIA E CULTURA: UM ESTUDO DOS TOPÔNIMOS NO ESPAÇO INSULAR DE ANANINDEUA | Autores: Karla Juliana da Silva Oliveira (UFPA - Universidade Federal do Pará) |
Resumo: Apresentamos, neste trabalho, o conjunto toponomástico que recobre a área insular do município de Ananindeua-Pará. O estudo toponímico traduz culturas formadas, sobretudo, pela presença de sociedades indígenas que, no passado, habitaram a região. Por meio de dados geográficos, históricos, culturais, sociais e linguísticos é possível conhecer a história das ilhas e suas particularidades. A área insular de Ananindeua fica ao norte do município supramencionado, sendo composta por 14 ilhas, com algumas áreas de uso intenso, outras de baixa exploração por parte dos ribeirinhos e outras quase intocadas. Do ponto de vista teórico-metodológico, seguimos os pressupostos de Dick (2008, 2004, 1990, 1992, 1987, 1975), além de outros pesquisadores que também seguem a vertente dos estudos onomásticos, como Isquerdo (1996, 2006, 2008, 2016); Carvalho (2010); Carvalhinhos (2008), dentre outros. No que tange aos resultados parciais alcançados, encontramos 14 ilhas, dentre elas têm-se: ilha de Viçosa, ilha de João Pilatos, ilha de Santa Rosa, ilha de Guajarina, ilha de Sassunema, ilha de Sororoca, ilha de São José de Sororoca, ilha do Arauari e ilha do Mutá. Analisamos os topônimos das ilhas supramencionadas, nomeando acidentes geográficos físicos (rios, praias e ilhas) e humanos (comunidades, vilas). Foram feitas consultas a dicionários etimológicos do Português e do Tupí, como Cunha (1998; 2010), Sampaio (1987) e Navarro (2013), que nos permitiram identificar, dentre os topônimos, nomes de origem Portuguesa (por exemplo, ilha de Viçosa, ilha de João Pilatos, ilha de Santa Rosa) e de origem tupí (por exemplo, ilha de Guajarina, ilha de Sororoca, ilha do Arauari, ilha do Mutá).
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