DISCURSO E SUBJETIVIDADE: A CONSTITUIÇÃO DISCURSIVA DO SUJEITO NO RAP BOCA DE LOBO DE CRIOLO

Jheny Iordany Felipe de Lima

Um dos pontos categóricos desta pesquisa é entender como, através da linguagem, podemos perceber a constituição dos sujeitos e de suas subjetividades transversalmente em relações de poder-saber e como essas relações configuram possibilidades de resistência, refletindo contextos históricos, acontecimentos sociais e seus efeitos de sentido. Pensando o exercício de poder sobre a vida e como ele se inscreve na modernidade como produtor de indivíduos sobre indivíduos, corporificando-os e enumerando-os através de estratégias econômicas em função de políticas estatais, é que vimos a possibilidade de pensar a relação destes sujeitos com a cidade. Tendo como objetivo geral demonstrar como se dão as relações de resistência, poder e subjetividade na letra de música Boca de Lobo do rapper Criolo e como elas demarcam e reforçam diferentes subjetividades. Bem como, quais dispositivos de poder-saber operam sobre o corpo social das populações, quais práticas de sujeição e subjetivação são construídas no ambiente urbano, como o rap se configura como a exteriorização destas subjetividades e quais as possibilidades de resistência vão surgindo nestes contextos. Levamos em consideração, a partir dos conceitos arqueogenealógicos Foucaultianos, os aspectos discursivos, tanto em relação a emergência destes enunciados em determinado tempo e espaço, quanto de sua materialidade repetível, até suas condições de possibilidade na letra em análise, para entendermos como a biopolítica e o biopoder operam sobre determinado corpo social dividindo-os, docilizando-os e disciplinando-os e quais as possibilidades de resistência surgem destas relações de poder/saber

Palavras-chave: Discurso. Resistência. Poder. Subjetividade.