A proposta deste trabalho consiste em analisar os nomes das operações realizadas pela Polícia Federal em Palmas, capital do estado do Tocantins, a saber: Águia, Lucas, Marcapasso e Rei do Gado. Essas investigações ocorreram durante o ano de 2017 e tiveram grande repercussão na sociedade palmense e nacional. Tem como objetivo esclarecer acerca do contexto sociopolítico em que tais nomeações foram efetuadas e também a respeito da história de cada uma, já que esses dois fatores explicam a motivação semântica para a escolha dos nomes das operações. A fundamentação teórica apoia-se especialmente nos postulados de Dick (1992), Santos (2017) e Dias (2016), pesquisadores que se dedicam a estudar as origens e motivações dos sistemas de nomeações, isto é, pesquisas voltadas para Onomástica, área da linguística que estuda os nomes próprios. De acordo com Dias (2016), o homem, apropriado de uma língua e cultura, nomeia as coisas e seres ao seu redor, sendo um modo de apropriação, ou seja, no contexto das operações policiais, a nomeação é a forma que os agentes utilizam para tomar posse do objeto de investigação. Quanto à metodologia, esta pesquisa se classifica como qualitativa de cunho bibliográfico. Para coleta dos dados, utilizou-se de revistas e jornais em formato eletrônico e impresso. Os resultados parciais revelam que as motivações dos nomes das operações da Polícia Federal na cidade de Palmas estão ligadas à história dos casos de cada operação e ao conhecimento sociocultural e linguístico dos responsáveis por nomear os casos.