O ENSINO GRAMATICAL NO BRASIL DA COLONIALIDADE À DECOLONIALIDADE | Autores: Helda Núbia Rosa (UFG - Universidade Federal de Goiás) |
Resumo: Com essa apresentação, temos a missão de elucidar as questões coloniais e decoloniais do ensino
gramatical no Brasil. Desse modo, por meio da Historiografia Linguística, procuramos elencar o método
dos gramáticos do século XX que fizeram com que o ensino gramatical se desenvolvesse de modo
colonial e eurocentrado e não conseguisse se desvencilhar dessa sina, relegando a segundo plano a língua
falada por nós, brasileiros, e sobrepujando a língua do colonizador. Intenta-se demonstrar como, no
passar dos anos, o livro gramática consolidou um modo eurocentrado de ver o mundo e subjugar a língua
do colonizado por ser ela constituída por elementos decoloniais como o indígena e o africano,
principalmente, Analisaremos essa visão colonialista a partir da parte externa do livro, passando pelos
conceitos, exemplos e o modelo de língua literária trabalhado por todos os gramáticos. Até que, por
meio das pesquisas realizados por Ataliba Castilho, nasce, em 2016, uma obra que dá um salto rumo à
decolonialidade por tratar da língua falada pelo povo brasileiro e não mais de uma língua forjada pelas
regras gramaticais. A língua brasileira é trazida à tona e é dada a ela a devida importância frente aos
avanços da política linguística que se instala no Brasil desde a década de 1970 e que tende a mudar o
panorama do ensino gramatical brasileiro. Para tanto nos valeremos de um aparato teórico-metodológico
baseado em Quijano (2005), Mignolo (2008), Walsh (2009) entre outros que contribuíram para que
percebêssemos essa trajetória.
Agência de fomento: CAPES |
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