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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo


DECODIFICAÇÃO NÃO: REFLEXÕES SOBRE A BNCC, O LUGAR DA LEITURA NA EDUCAÇÃO BÁSICA E CONTRIBUIÇÕES DA SEMIÓTICA PAR A LEITURA DO TEXTO LITERÁRIO

Autores:
Érica de Cássia Maia Ferreira Rodrigues (UFT - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS, SEDUC - Secretaria Estadual de Educação e Cultura ) ; Francisca Verônica Feitosa Andrade (SEDUC - Secretaria Estadual de Educação e Cultura )

Resumo:

A implementação da Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2017) – na escola pública tem sido um grande desafio uma vez que demanda dos professores capacidade de apropriação do documento, compreensão de suas matrizes teóricas e implicações, construção de modos de transposição para a prática pedagógica. Na rede escolar estadual do Estado do Tocantins, não há um programa regular de formação continuada que permita aos docentes uma efetiva apropriação do que tem hoje para educação caráter de lei. Em contrapartida, utilizando-se da autonomia enquanto Diretoria Regional de Educação – DRE-Araguaína/SEDUC-TO, no último ano letivo, o setor de Currículo tem atuado no acompanhamento pedagógico e formação continuada junto aos professores de todas as áreas vislumbrando o estudo da BNCC e o desenvolvimento de métodos e práticas que garantam a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de competências e habilidades das cinco áreas e seus nove componentes curriculares do Ensino Fundamental. Nesse sentido, neste trabalho, privilegiamos a análise do que a BNCC define como práticas de leitura, para, em seguida, apresentarmos uma proposta de atividade de leitura. O estudo ora apresentado propõe uma aula de leitura mobilizando o conto “A Moça Tecelã” de Marina Colasanti. Partimos da perspectiva de que é necessário apontar caminhos para a prática, não como fórmula, mas como possibilidade de tradução do que para docentes da educação básica se mostra excessivamente obscuro em função da própria metalinguagem mobilizada pelo documento. O estudo filia-se aos estudos da semiótica discursiva e pretende pensar o ensino de língua portuguesa como um direito que possibilite o desenvolvimento da leitura literária a partir de experiências e conhecimentos dos alunos leitores, valorizando os seus saberes e seu envolvimento na produção de sentidos. Mobilizaremos as reflexões que foram produzidas no âmbito da nossa formação, centrando a atenção na leitura da obra literária e nas possibilidades de seu tratamento na educação básica.