A ESCOLHA DO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA: interlocutores reais e imaginários | Autores: Ana Cláudia Martins de Oliveira (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; Antonio Carlos Dias Mendonça (SEDUC - Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes, UFT - Universidade Federal do Tocantins) |
Resumo: Este estudo trata do processo de Escolha do Livro Didático de Língua Portuguesa dentro da unidade escolar, traz um breve histórico a respeito do Programa Nacional de Livro Didático (PNLD) e tem como objetivo discutir o processo de escolha do Livro Didático de Língua Portuguesa, a partir da seguinte problemática: Quem é o interlocutor primeiro do Livro Didático? Alguns dos autores acionados para fundamentar o referido estudo foram: Mukanamata (1997), Orlandi (2009), Tagliani (2009), Possenti (2011), Silva (2012), Oliveira (2017), Nogueira e Colombo (2018). A pesquisa é do tipo bibliográfica, com abordagem qualitativa e demonstra que, em relação à organização da escolha dos livros nas escolas, pode-se afirmar que esse processo tem início, efetivamente, a partir da chegada dos livros na escola, não havendo tempo para o professor analisar os documentos norteadores do processo de escolha. Além disso, o livro didático assume várias faces, sendo instrumento de controle a partir da ótica de uns, protagonista do processo ensino e aprendizagem, a partir do olhar de outros, além de ser a meca das editoras. E conclui-se, também que o professor é apenas o interlocutor imaginado e não o real, sendo este lugar ocupado pelos avaliadores/pareceristas do Programa, tal fato enfraquece todo o processo de escolha. Evidenciando assim que o referido livro passe a ter inúmeras vozes, ecoando, de modo mais forte a do próprio PNLD, uma vez que as editoras buscam ter seus livros aprovados.
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