O mercado de publicidade tem aumentado o escopo de atuação para além de peças publicitárias impressas e ampliou para o filme publicitário. Assim, as empresas optam por construir filmes publicitários capazes de atingir desde o telespectador ao internauta. Essa capacidade criativa possibilita um engajamento por parte do consumidor, pois de um lado temos a possibilidade de diálogo e posicionamento dos diferentes sujeitos frente às propostas persuasivas das campanhas publicitárias, relação marcada por embates dialógicos para a construção de sentido. Por outro lado, as marcas discursivas deixadas pelo(a)s sujeitos retroalimentam os anunciantes de informações que, uma vez apreendidas, podem ser usadas a seu favor. Partindo desse pressuposto que a criação de uma peça publicitária só ganha concretude e se desenvolve a partir de uma ação humana, buscamos assim para a presente pesquisa analisar as relações dialógicas estabelecidas no filme publicitário da empresa Vivo divulgado no mês de Dezembro/2017 com a campanha “#repense2018”, cujo foco é estimular novos olhares e novas posturas para o ano vindouro. Por isso, a forma como se estabelecem as relações verbo-áudio-visuais na composição desse enunciado, tais como: imagem, diagramação, manchetes, cores e seus efeitos de sentido, bem como as motivações ideológicas da empresa, em relação aos fatos anunciados torna-se de fundamental importância para a área da Linguística Aplicada que tem as práticas discursivas em circulação em diferentes gêneros discursivos e suportes como foco de interesse para a investigação, conforme Bakhtin (2015) e estudiosos como Brait (2014) e Faraco (2009).