O presente estudo intenciona tratar a questão da aposição à luz do Funcionalismo. Nossa investigação se debruça sobre as orações introduzidas pelo conector "por exemplo" tendo como base teórica os pressupostos de Meyer (1992) a respeito das construções apositivas, bem como Halliday (1985) e Hopper & Traugott (1993) no que tange à articulação de orações. O corpora é constituído de textos coletados do Corpus África, criado pelo Centro de Linguística da Universidade de Lisboa, que conta com cinco subcorpora das variedades africanas do português (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe), além de textos brasileiros da Revista Poli. O objetivo deste trabalho é estabelecer uma comparação entre o uso das variedades africanas do português e do português brasileiro no que concerne ao uso de "por exemplo" como articulador oracional ou mesmo como um focalizador. Inicialmente, a metodologia consiste na análise qualitativa das ocorrências com base no referencial teórico eleito com vistas à identificação das difrenças e semelhanças no uso de "por exemplo" nos contextos arrolados para a investigação. Os resultados preliminares apontam para usos variáveis na modalidade escrita analisada, que conta com gêneros diversos (sobretudo do contexto jornalístico), indo desde um conector até um focalizador, dependendo da intencionalidade do texto em questão.