Esta pesquisa tem como propósito apresentar as perspectivas do processo de internacionalização no/do ensino médio no Instituto Federal de Goiás (IFG), especificamente as representações sobre a língua e a cultura goiano-brasileira dos alunos intercambistas vindos da Bélgica, Finlândia, Hungria, Itália, Tailândia e Japão, estudando no ensino médio técnico de três campi dessa instituição e dos alunos brasileiros, que estão estudando nas turmas em que esses intercambistas foram inseridos. Como suporte teórico, este estudo se apoiará nas pesquisas sobre internacionalização que apontam esse fenômeno como parte integradora do contexto educacional por contribuir com a formação de um cidadão mais consciente de seu posicionamento no mundo e de seu papel na sua comunidade de origem (BARROS, 1998; HARRISON, 2015; LEASK, 2011, 2015; MAFFESOLI, 2006; MOSCOVICI, 2003; PACHECO, 2014). Os resultados preliminares apontam que os intercambistas e seus colegas brasileiros concordam que há muita dificuldade de comunicação entre eles, principalmente pelo fato de os estrangeiros chegarem ao IFG com pouca fluência na língua portuguesa e os brasileiros não possuírem conhecimento das línguas estrangeiras faladas pelos estrangeiros, que a língua inglesa poderia ser um meio de comunicação, mas há intercambistas que não falam essa língua, desmistificando a ideia de que o inglês é a língua de mediação entre comunidades falantes de línguas diferentes. Como desdobramentos, este trabalho traz um panorama do processo de internacionalização no âmbito de recebimento de estrangeiros no IFG, revelando que ainda há muitas ações a serem realizadas para integrar melhor o aluno estrangeiro no contexto de ensino médio do IFG.