Esta investigação pretende realizar um percurso historiográfico da obra O Dialeto Caipira de Amadeu Amaral (1920) à luz da Historiografia Linguística, apontada por Konrad Koerner que é pautada nos princípios da contextualização, da imanência e da adequação. Será uma pesquisa bibliográfica, mais precisamente uma discussão teórica, ao passo que não serão feitas análises de cunho prático. O que motivou esta pesquisa foi o anseio em tornar um pouco mais conhecida a obra desse importante autor, que parece estar esquecida na atualidade. Tendo em vista que, em 2020 comemorar-se-á o centenário d’O Dialeto Caipira, momento em que muitos olhares e atenções estarão voltados para o estudo dessa significativa produção da literatura nacional, torna-se imperativo fazer um percurso histórico com o intuito de mostrar a relevância do trabalho dele para o desenvolvimento dos estudos dialetais brasileiros. Para fundamentar esta pesquisa serão revisados autores que abordam assuntos relacionados ao dialeto e sujeito caipira como: Antônio Cândido (2010), Monteiro Lobato (1923), Cornélio Pires (2004), Darcy Ribeiro (1995), entre outros. Também, serão visitadas pesquisas realizadas ao longo dos anos, que se inspiraram na obra de Amaral como as de Marina de Andrade Marconi (1991), Vandersí Sant'ana Castro (2006), dentre outras pesquisas que objetivaram estudar a sobrevivência desse dialeto, que estava condenado ao desaparecimento, segundo as impressões de Amadeu Amaral. Contudo, espera-se com esta pesquisa, que o percurso historiográfico linguístico da obra O Dialeto caipira de Amadeu Amaral seja explorado, desde sua publicação em 1920 até o desenvolvimento das atuais pesquisas que tem essa obra como fonte de inspiração.