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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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LEITURA COMO PRÁTICA SOCIAL: RELAÇÕES ENTRE LÍNGUA, DISCURSO E SUJEITO

Autores:
Luzimara de Souza Cordeiro (IFES - Instituto Federal do ES)

Resumo:

Ser um leitor crítico é uma exigência da atualidade, para o homem se inserir no universo cultural e se configurar, verdadeiramente, como ser humano. No entanto, para que a leitura crítica produza efeitos de sentido e não seja apenas vinculada a uma mera decifração, comum e erroneamente denominada leitura, muitos caminhos devem ser trilhados, a fim de que alunos escolarizados sejam reconhecidos como efetivos sujeitos leitores. Esses devem se posicionar de forma crítica frente às informações que recebem, além de identificar leituras plurais do texto. É urgente que a escola, por esse motivo, contribua, significativamente, para formar verdadeiros leitores, pois, em seu fazer laboral, os professores não devem utilizar textos como pretexto para o ensino descontextualizado de gramática ou práticas de “leitura” superficiais. Antes, urge a importância da formação do sujeito leitor como coprodutor de efeitos de sentido que vincule leitura à história, à interação social, à articulação com o outro, entre tantas questões inerentes ao ato leitor. Assim, neste trabalho, analisaremos o ato de ler na relação entre língua, discurso e sujeito, com base nos pressupostos da Análise do Discurso da linha francesa em diálogo com o Círculo de Bakhtin. Para tanto, enfocaremos nos estudos de Mikhail Bakhtin, Volochinov, Pêcheux e de outros teóricos. Dessa forma, almejamos instigar, nas instituições de ensino, discussões que considerem a leitura como prática social, com base nas perspectivas apresentadas e na de outros teóricos, para que assim, estruturem seu fazer pedagógico a fim de contribuir para a formação de leitores que deem sentido a suas leituras.