AS PRÁTICAS DE LEITURA E A ABORDAGEM DAS MULTISSEMIOSES: UM OLHAR PARA A PRÁXIS COM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL | Autores: Maria José da Silva Fernandes (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) |
Resumo: Neste trabalho, apresentamos a pesquisa de Doutorado, que está em fase inicial de desenvolvimento. Busca-se realizar um estudo, de natureza qualitativa, em duas escolas públicas do interior de Minas Gerais. Os participantes da pesquisa serão dez alunos com deficiência intelectual (DI), os pais/responsáveis por esses alunos e oito professores, totalizando vinte e oito participantes. O objetivo geral é investigar como ocorrem as práticas de leitura, no ensino de Língua Portuguesa, no contexto da educação inclusiva, aos alunos com deficiência intelectual, nos anos finais do ensino fundamental e quais são as representações discursivas sobre os alunos, o ensino e o papel da escola, construídas pelos participantes da pesquisa. Os dados serão coletados e gerados a partir de observação participante das aulas, nas salas de aula comuns e nas salas de AEE, por meio de notas de campo, amostras de atividades desenvolvidas e entrevistas gravadas com os alunos com DI, com os pais ou responsáveis por eles e com os professores. Para atingir os objetivos, serão utilizados os pressupostos teóricos da Análise de Discurso Crítica (ADC), especialmente os postulados de Norman Fairclough (1989, 1999, 2001, 2003), visto que esse campo de estudo possibilita desenvolvê-la de forma interdisciplinar, dialogando com outras teorias e levando em conta a relação dialética entre linguagem e sociedade. Será adotada a técnica de triangulação (COHEN; MANION, 1983) em relação à teoria, coleta e análise dos dados. A fundamentação teórica no que tange à multissemiose, letramentos e inclusão será, principalmente, os estudos de Kress e van Leeuwen (1996, 2000, 2001), Kress (2010), Rojo (2012, 2015), Street (2000), Soares (2003, 2004) e a Lei Brasileira de Inclusão.
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