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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
Resumo

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A LINGUAGEM DOS PICHADORES E GRAFITEIROS: O DITO E O NÃO-DITO

Autores:
José Lucas do Nascimento Barbosa Barbosa (FAESC - Faculdade da Escada) ; Rosilda Maria Araújo Silva dos Santos (FAESC - Faculdade da Escada)

Resumo:

O homem, dos tempos primórdios, utilizava-se de desenhos nas pedras para se comunicar com seus semelhantes e eles têm servido para estudiosos definirem melhor as características da vida de civilizações passadas, logo se reconhece a importância dessa forma de linguagem para um estudo de nossa espécie e sua evolução. Hoje em dia, outras formas de expressão têm surgido e até intervém na paisagem urbana em alguns muros e fachadas como signo comunicativo, no caso as pichações e os grafites. Considerada por alguns como uma diversão, para outros, a pichação é um ato de vandalismo ou até mesmo protesto na sociedade, já o grafite possui vários estilos e é interpretado como obra artística, pois satisfaz pessoas de diferentes comportamentos. Diante deste cenário, esta pesquisa analisou aspectos linguísticos e extralinguísticos em linguagens visuais para perceber mensagens implícitas já que esta é a problemática, tendo como hipótese preliminar que há ideologia, emoção ou crítica social nessas linguagens. Para isso, utilizou-se como procedimento metodológico de entrevistas estruturadas com pichadores e grafiteiros e pesquisas bibliográficas. Para amparar teoricamente contou-se com Foucault (2014), ao discorrer sobre a ordem do discurso, Orlandi (2010), discutindo sobre as diferentes formas do não-dizer, Koch (2015), analisando a inter-relação que a linguagem possui e Citelli (2002), que afirma não existir signos sem uma ideologia. Enfim, esta pesquisa obteve como resultados a ampliação da visão em relação ao grafite e a pichação, além de contribuir para o avanço da ciência socializando desfechos em eventos científicos e realizando oficinas em escolas para desmistificar a ideia de que as pichações e os grafites são facínoras.