Não é de hoje que grupos sociais substituem a língua padrão por expressões informais para se comunicar, inclusive na escrita e junto a essas práticas de linguagens vem o preconceito do uso, o qual pode-se destacar a gíria como exemplo, pois é uma linguagem de conteúdo expressivo vigente em um grupo social e, na maioria das vezes, sua utilização é criticada por pais, professores, entre outros, pois enxergam como expressividade linguística passageira de adolescentes e/ou jovens, que com o tempo vão parar de usá-las e falarão como gente “normal”.  Ou seja, é uma forma preconceituosa.  Entende-se que ela representa exclusivamente uma forma linguística, em que o léxico específico está ligado a um ou vários grupos sociais, que por sua vez se utiliza dela como um código secreto para proteção. Observando-se o uso frequente da gíria entre adolescentes na escola, esta pesquisa focaliza as gírias e seus valores semânticos na linguagem do adolescente, dado que é perceptível seu uso acentuado, sobretudo, despertando assim o interesse pelo estudo. Nesta perspectiva, esta investigação teve como objetivo analisar o papel da gíria nas práticas de linguagem do adolescente para perceber os efeitos de sentido que ela produz de acordo com o contexto e tem hipóteses preliminares que as mídias influenciam no uso desta linguagem, além de os adolescentes acreditarem que ela pode ser uma maneira de se inserir em um determinado grupo, parecendo ser mais popular. Para fundamentar os estudos teóricos, amparou-se em BAGNO (1999), PRETI (1984) e BERTON e DIEDRICHS (2014) e como instrumento metodológico usou a entrevista semiestruturada com adolescentes de distintas faixas etárias e diferentes classes sociais. Enfim, este estudo obteve como resultados a ampliação da visão sobre a temática contribuindo para pesquisas posteriores, já que não está esgotado, mas aberto a novos olhares.