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| PRONÚNCIA VARIÁVEL DE (NDO) NA FALA PAULISTANA | Autores: Dany Thomaz Gonçalves (USP - Universidade de São Paulo) |
Resumo: A variável (NDO) tem sido estudada desde o final dos anos 70 sob diferentes perspectivas. Alguns pesquisadores se atêm à pronúncia variável do sufixo de gerúndio (por exemplo, falano ou falando em diferentes variedades do português: Rio de Janeiro (MOLLICA, 1989), Belo Horizonte (CRISTÓFARO SILVA, 1996), João Pessoa (MARTINS, 1999, 2001), Minas Gerais (MARTINS, 2006), São José do Rio Preto (FERREIRA, 2010), Dourados e Ponta Porã – MS (MARTINS e BUENO, 2011), Taboco – MS (VIEIRA, 2011), Fortaleza (NASCIMENTO ET AL., 2013), Maceió (ALMEIDA e OLIVEIRA, 2017)). Levando em consideração o apagamento de /d/ como uma variável cujo padrão de realização pode ter especificidades na fala paulistana – uma variedade que, ainda que mais detidamente estudada nos últimos anos, ainda não foi analisada no que toca a (NDO), nem no gerúndio, especificamente, nem em outros contextos morfológicos ou itens lexicais, tal como na palavra quando. O objetivo central é investigar quais as variáveis linguísticas e sociais que se correlacionam com a realização de (NDO). Para tanto, analisou-se qualitativa e quantitativamente a amostra, onde foram encontrados casos de apagamento de /d/ na pronúncia da conjunção “quando” (93/1557) e em verbos no gerúndio (1001/4143). Segundo as análises estatísticas multivariadas, verificou-se que não há correlação significativa entre (NDO) e nenhuma das variáveis linguísticas, o apagamento ocorre com maior frequência na fala dos homens, sendo mais propício na fala daqueles com menor grau de instrução, assim como ocorre para aqueles falantes da Classe Social menos favorecida. Com relação à Faixa Etária, existe um favorecimento na fala dos mais jovens, principalmente naqueles da Faixa Etária intermediária, já para a terceira faixa existe um desfavorecimento. Esses resultados levam a indícios de que o apagamento de /d/ em (NDO) seja uma variável estável na capital paulista.
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