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Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa
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CENSURA NA MÍDIA DIGITAL

Autores:
Tatiele Rodrigues Alves (CEFET - CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS)

Resumo:

CENSURA NA MÍDIA DIGITAL

Considerando as relações sociais e a difusão das mídias eletrônicas neste início de século, propomos uma investigação sobre os processos de produção de sentidos sobre Censura. Compreendida como um mecanismo político e ideológico que intervém na ordem do discurso visando o controle de sentidos seja pelo silenciamento (Orlandi, 1992), seja pelo evidenciamento (Moreira, 2009). Interessa-nos investigar, no discurso de jornais online, as novas/outras formas que têm sido reconhecidas como supressoras da liberdade de expressão/censura no/do espaço digital e ainda, o modo pelo qual, ela se valida nos discursos.  Pretende-se verificar o que têm sido suprimidas e/ou apontadas como censuradas no discurso desses jornais e identificar os agentes censores e censurados. A perspectiva teórico-metodológica que fundamenta essa pesquisa é a Análise de Discurso de vertente francesa, fundada por Michel Pêcheux (1975) na França e por Eni Orlandi (1983) no Brasil. A partir do conceito de discurso, definido por Pêcheux (1975) como efeito de sentido entre interlocutores, é deslocada a ilusão de que há uma relação direta entre a constituição da língua e a realidade, pois nas línguas se inscreve uma política de sentidos que coloca em cena a divisão de sentidos. O corpus discursivo relativo aos efeitos de sentido sobre Censura se inscrevem na textualidade dos jornais on-line de ampla circulação na internet: Folha de S. Paulo, O Globo e Caros Amigos, no período de 2012 aos dias atuais. A análise proposta pretende confirmar novas/outras discursividades sobre Censura na mídia eletrônica assim como eventual regularidade nas posições discursivas de agente censor e censurado. Investigar os imaginários acerca da censura na atualidade pode ser vislumbrado como uma contribuição às pesquisas voltadas para constituição da memória histórica e das práticas de interpretação das relações sociais, do sujeito e da língua.