ATITUDES LINGUÍSTICAS EM RELAÇÃO AO PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL NA UNILA | Autores: Franciele Maria Martiny (UNILA - Universidade da Integração Latino-Americana) |
Resumo: Este trabalho tem como objetivo apresentar considerações parciais de uma pesquisa que está sendo desenvolvida por meio do projeto “Atitudes linguísticas em torno do uso e do ensino-aprendizagem de línguas em contexto multilinguístico”, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), em Foz do Iguaçu, Paraná. Trata-se de uma investigação na área da Linguística Aplicada, em sua vertente INdisciplinar (MOITA LOPES, 1998, 2006), objetivando analisar os comportamentos linguísticos de falantes de diferentes grupos étnicos em torno do uso e do ensino-aprendizagem das línguas presentes nesse cenário sociolinguisticamente complexo, em região de tríplice fronteira (Paraguai/Argentina/Brasil). O projeto focaliza participantes da comunidade universitária, por meio da aplicação de roteiros de entrevistas que contemplem questões sobre as atitudes linguísticas, a partir das perspectivas de autores como Mackey (1968), Blom e Gumperz (2002), Appel (1996), Grosjean (1983) e Goffman (1988). Para tanto, as análises são qualitativas e interpretativas, visando compreender um pouco mais este espaço, verificando como estão acontecendo esses contatos e como os falantes estão se comportando linguisticamente nesse cenário plurilingue e pluricultural. Para este momento, as discussões ficarão centralizadas em um grupo de estudantes hispanofalantes entrevistados, que aprenderam português como língua adicional na universidade, dentro do Ciclo Comum de Estudos (CCE). Como resultados preliminares, verifica-se atitudes de valorização da aprendizagem da língua adicional, principalmente pelo contexto de imersão destes alunos, revelando, ao mesmo tempo, uma ideia de obrigação em aprender e usar esta língua nesse contexto, apagando as demais línguas minoritárias presentes também no país e estigmatizando falares do português que possuem interferências de outras, como no caso do espanhol e do guarani, falares bastante presentes na fronteira.
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