A ESCRITA METAFICCIONAL E HISTORIOGRÁFICA DE LUZILÁ GONÇALVES FERREIRA E MARTA TRABA: POR ENTRE TESTEMUNHO E EXÍLIO | Autores: Maria Suely de Oliveira Lopes (UESPI - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ) |
Resumo: O presente trabalho tem com objetivo analisar as narrativas Voltar a Palermo ( 2002 ) de Luzilá Gonçalves Ferreira e Conversación al Sur( 1999) de Marta Traba através da metaficção historiográfica e da teoria do Testemunho. A narrativa de Luzilá aborda as memórias de uma professora brasileira que viveu na Argentina e por um período testemunhou rastros da ditadura através da personagem Maria. Estando no Brasil sente necessidade de Voltar a Palermo, um pequeno bairro de Buenos Aires, onde viveu 20 anos sofrendo as agruras da ditadura militar. Em meio aos relatos que fluem de suas lembranças, a personagem conta o motivo que a fez voltar, suas esperanças e a vontade de reviver o amor que ali abandonou. Marta Traba, escritora argentina, produziu diversas obras no campo da literatura testemunhal. Sua escrita está inserida no campo das artes e dos escritores que, guiados pelo engajamento político, utilizam-se do texto literário para denunciar o terrorismo e a repressão ocorrida durante a ditadura militar. As duas obras, em proposta, Voltar a Palermo ( 2002 ) e Conversación al Sur( 1999) serão analisadas por meio da teoria da metaficção historiográfica, considerando que as personagens, o ambiente histórico e político são ressignificados a partir da história oficial trazendo a baila a questão da ditadura vivenciada na Argentina. A segunda obra, alem da investigação pelo víeis metaficcional, será analisada, também, sob o viés da teoria do exílio.Utilizaremos como marco teórico os seguintes nomes: Colling(2012) ,Viana(1995), Hutcheon(1991), Salgueiro(2011),Perec(1995), Seligman (2000), Suleiman (2006),entre outros que poderão ser citados ao longo do trabalho.
|
|