Aprender a ler e a escrever é mais do que uma simples decodificação de símbolos. Para o sujeito construir a habilidade de escrever e ler é necessário que compreenda a sua própria existência. É preciso ter consciência de que a escrita tem por função registrar fatos criados e vividos pelo homem. Foi pensando assim que a partir da identificação de dificuldades de leitura e de escrita, em uma turma de 9º ano, elaboramos e aplicamos uma oficina de letramento baseada na sistematização desenvolvida por Cabral (2016): diagnóstico dos conhecimentos prévios, interesses e necessidades formativas; sistematização das atividades motivadoras; sistematização da (re)construção dos novos conhecimentos e avaliação do processo. O foco principal da oficina foi direcionar os alunos a lerem e a produzirem crônicas de forma mais prazerosa e significativa. Os temas de leitura e de escrita foram selecionados, em sua maioria, pelos próprios aprendizes, uma das etapas de uma oficina de letramento. O referido projeto, denominado: Entre Linguagens e Códigos, teve duração de quatro meses, com uma hora semanal nas aulas de língua portuguesa. Os principais objetivos foram estimular a leitura, melhorar a produção textual e socializar conhecimentos. A culminância ocorreu por meio de salas temáticas preparadas para visitação pela comunidade. Os resultados são indicativos de que, apesar dos muitos fatores que dificultam a aprendizagem dos alunos, um bom planejamento voltado para atividades significativas e, principalmente, quando essas atividades são coordenadas pelo público alvo faz muita diferença no rendimento geral dos discentes.