Este trabalho visa apresentar uma sequência didática realizada em uma escola estadual, parceira do Instituto Federal de São Paulo, no projeto de Residência Pedagógica, com o objetivo de compreender o processo de argumentação em gêneros midiáticos, sobretudo em Fake News. Os recursos argumentativos propostos por Marcuschi (2008), a função da linguagem como força argumentativa em Koch (2004) e as noções de gênero textual e ideologia de Bakhtin (2016) serviram como fundamentação teórica deste trabalho. Estruturada em 8 aulas com 4 encontros em uma turma de terceira série do Ensino Médio, a discussão acerca da ideologia e de argumentos presentes em notícias, vídeos e postagens em redes sociais geraram resultados que impulsionaram a investigação de tais argumentos como factíveis - ou não, fomentando a necessidade de trabalhar o tema fake news. Providos de recursos tecnológicos como acesso a internet e equipamentos de  audiovisual, que foram essenciais para a realização das aulas, os alunos demonstraram grande interesse em analisar o corpus proposto. Os resultados observados demonstram que os alunos tiveram facilidade de identificar uma fake news a partir do uso excessivo de adjetivos e letras em caixa alta e da ausência de fontes. Em contrapartida, houve dificuldade em identificar operadores responsáveis por emitir a intenção das teses e argumentos nos textos analisado.