A comunicação apresenta um projeto de ensino envolvendo plantões de Língua Portuguesa com alunos do 1º semestre do curso de Pedagogia do IFSP / câmpus Boituva. Com base nos resultados de proficiência leitora (PISA 2015), uma visão mais minuciosa para a condição de leitura dos alunos do ensino médio e superior se faz necessária, e por isso, a ideia de monitoria para esses alunos.

O objetivo do trabalho é contribuir para a diminuição da evasão escolar do câmpus; encontrar caminhos para solucionar dúvidas, a princípio, de língua portuguesa. Os plantões acontecem três vezes por semana, logo após as aulas. Por ser uma turma heterogênea quanto à cultura e idade, é um bom objeto de estudo para a análise desses questionamentos.

 Os plantões tiveram início no mês de abril e, durante os primeiros encontros, realizou-se uma avaliação diagnóstica sobre hábitos de estudo. As respostas surpreenderam: alguns responderam que nunca leram um livro, outros que não gostam de ler, que os textos acadêmicos são complicados demais, dentre outros. Com esse tipo de resposta, fica claro que o problema com leitura e escrita no Brasil não é só uma questão de educação formal, mas sociocultural. E isso leva a refletir que “para aprender a ler e a escrever é preciso pensar sobre a escrita” (BRASIL, 1999). A partir desse contexto serão desenvolvidas algumas reflexões sobre a autonomia na aprendizagem desses alunos.

 Tem-se buscado construir, com esses alunos, pequenos espaços para pensar sobre a dinâmica de sua vida acadêmica, além da sala de aula, a fim de levá-los a refletir sobre a leitura no mundo globalizado.