O ensino do discurso direto em português como segunda língua para surdos | Autores: Janete Alves de Almeida (UNB - Universidade de Brasília) ; Daniele Marcelle Grannier (UNB - Universidade de Brasília) |
Resumo: Neste trabalho apresentam-se os resultados de uma pesquisa-ação voltada para o ensino das contruções relativas ao discurso direto em português como segunda língua para surdos. A pesquisa-ação foi motivada pela observação de que nas narrativas em protuguês escrito, os aprendizes surdos, muita vezes, omitiam tanto o autor da fala, quanto o verbo de dizer, produzindo apenas a fala do personagem. Isso tornava a narrativa confusa e muitas vezes incompreensível. Nosso objetivo é demonstrar que havendo ensino com foco nessas construções, em algum momento, o aprendiz surdo aprende a usá-las de maneira adequada. Para isso, realizou-se um estudo longitudinal com registro de dados em nove encontros, num período de dois meses. Inicialmente, houve uma primeira coleta livre, em que os alunos fizeram o relato do filme The pear film. Nas outras sessões da pesquisa-ação, foram ministradas sete aulas, seguidas cada uma por uma pequena produção escrita dos alunos. A última coleta foi uma produção livre de um filme da turma da Mônica. Para uma melhor avaliação da aprendizagem dos alunos, realizaram-se as mesmas coletas de dados com um grupo de controle, com o qual não se enfocou o tópico em questão. A pesquisa-ação foi realizada com um grupo de estudantes surdos profundos congênitos, sinalizadores de Libras, estudantes de uma escola pública inclusiva do Distrito Federal, onde assistem às aulas em classes de alunos regualres em que há uma intérprete de Libras. Essas turmas são denominadas classes bilíngues mediadas (CBM). Apresenta-se, ao final, a comparação dos resultados obtidos com os dois grupos de estudante surdos observados.
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