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| LINGUAGEM, MEMÓRIA E ARGUMENTAÇÃO: UM ESTUDO A PARTIR DE PRODUÇÕES TEXTUAIS EM SITUAÇÕES AVALIATIVAS | Autores: Rosita da Silva Santos (UNIJUI - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul) |
Resumo: Neste estudo, busco verificar por que o aluno egresso do ensino médio não consegue avançar na elaboração de um texto com argumentos de lugares-próprios, utilizando-se de argumentos de lugares-comuns na elaboração dos mesmos (Fiorin, 2015; Faraco e Tezza, 2013; Perelman e Olbrechts-Tyteca, 2005). Para buscar responder a esta questão, apoio-me na teoria sociointeracionista de Vygotsky (1996; 1988), que parte da ideia de homem enquanto corpo e mente, enquanto ser biológico e social e enquanto participante de um processo histórico-cultural. Vygotsky defende a ideia de contínua interação entre as condições sociais e as bases biológicas do comportamento humano, partindo de estruturas orgânicas elementares, determinadas basicamente pela maturidade, através das quais se formam novas e mais complexas funções mentais, as quais dependem basicamente das experiências sociais a que os indivíduos se acham expostos, constituindo as suas memórias (Izquierdo 2006; 2010; 2011). Para isso, faço um estudo das redações do vestibular da UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, 2018/Verão, 2018/Inverno, buscando, a partir dos conceitos de argumentação por lugar-próprio e lugar-comum, demonstrar quais memórias os acadêmicos de licenciaturas acionam no momento de produção de texto em situação avaliativa. Para demonstrar a ausência de argumentação de lugares-próprios e o alargado uso de argumentação por lugares-comuns nos textos de vestibulandos, busco demonstrar, através da análise textual discursiva, que o ensino de produção de texto deve ser uma atividade epilinguística, em que o sujeito opera sobre a linguagem, e não metalinguística, em que se usa a linguagem para falar/abordar sobre ela própria.
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