RESUMO:
O fenômeno da escrita, iniciado desde a formação das antigas civilizações, continua a ser um elemento bastante estudado. Com o advento das tecnologias da informação, por sua vez, as quais requerem uma sociedade imersa e constantemente disposta à aprendizagem, a escrita se complexificou a ponto de evidenciar ser, junto à leitura, um processo capaz, e que efetivamente exige, inúmeras e simultâneas atividades cognitivas dos indivíduos usuários. Além do domínio puramente linguístico do código ao qual se emprega, a diversidade dos novos gêneros textuais digitais e as suas imprescindíveis, variadas e relativas estabilidades funcionais desarticulam a noção de suficiência do ato de codificar ou decodificar textos em prol da eficiência das interações humanas. A partir das considerações teórico-reflexivas fornecidas pelos estudos de Luiz Antônio Marcuschi acerca do letramento enquanto prática social, e dos ideais educativos críticos expressos por Irandé Antunes, a elaboração desta pesquisa, para tanto, paradigmatizada na análise de uma situação real de comunicação virtual, na qual se explora a prestação de um dos serviços de uma determinada companhia aérea, propõe a verificabilidade, e apresenta, baseada no caso, o impacto causado pela flexibilidade do cliente que se depara com uma circunstância de construção argumentativa, pautada na leitura crítica, indispensáveis ao alcance de seus objetivos interacionais, a saber, o acesso ao serviço.
Palavras-chave: Letramento digital, Leitura crítica, Argumentação, Interação, Comunicação real.