A “voz da periferia” adentrando a Instituição Acadêmica como leitura obrigatória | Autores: Mery Cristiane Batista Pacheco (UNIFAP - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ) |
Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo demonstrar os avanços dos negros, suas canções, bem como, o surgimento do rap brasileiro e dos moradores da periferia de São Paulo. Faz uma contextualização do fim da escravidão no Brasil, narra sobre o grupo Racionais MC’s e como o álbum “Sofrendo no inferno” adentrou como leitura obrigatória do vestibular de 2020 da Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP e suas letras após 20 anos de carreira, são reconhecidas. Os procedimentos metodológicos do estudo deram-se por meio de pesquisas bibliográficas e documentais. Os aportes teóricos encontram-se nas produções de Bhabha (1998), Fernandes (1989), Takahashi (2009), entre outros. A identidade negra aos poucos está ocupando seu lugar na sociedade, apesar do Brasil e do mundo ainda terem muito que “aprender”, pois em pleno século XXI existe o preconceito periférico e racial disfarçado na sociedade, fato foi o assassinato brutal da vereadora Marielle Francisco da Silva que ocorreu em 14 de março de 2018, Marielle Franco como era conhecida, negra, de origem humilde, moradora da periferia do Rio de Janeiro, conseguiu se formar em sociologia e ser a vereadora mais votada no Rio de Janeiro na eleições de 2016. Sua voz, diferente da dos Racionais MC’s, foi calada e sua luta interrompida. Era ativista e denunciava as atrocidades que ainda acontecem nas periferias brasileiras.
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