Português em Timor-Leste: pela história ou para o dia a dia? | Autores: Marie Quinn (UTS - University of Technology Sydney) |
Resumo: O pequeno país Timor-Leste já foi o mais distante das colônias portuguesas, restabelecendo a sua independência em 2002, após 24 anos de ocupação indonésia e de administração das Nações Unidas. A nova nação escolheu o português e a língua local, tétum, como línguas oficiais para a vida pública (RDTL, 2002), apesar do fato de uma geração de timorenses não conhecer o português, exceto como história. Muitos timorenses concordariam que o português desempenha um papel na autopercepção de suas identidades distinto daquele que invoca o passado australásia. No entanto, o português continua a ser uma língua que poucos timorenses falam ou escrevem com grande confiança (DGE, 2015) apesar de ter sido designado como uma língua do ensino escolar nos últimos vinte anos. Embora ocupe uma posição de prestígio nas mentes dos professores e da administração educacional, o português não se transferiu para a vida dos timorenses. Esta apresentação analisa como a política de educação para o português tem sido arbitrada, interpretada e implementada pelos professores, através de abordagens inadequadas à disseminação da língua e à aprendizagem das crianças. Por vezes, estas políticas têm funcionado em detrimento da língua cooficial e das outras línguas nacionais do país. Este estudo se baseia em documentos educacionais, discussões midiáticas dentro da comunidade e em pesquisas de sala de aula.
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