Esse artigo foi construído com base na experiência do Estágio Supervisionado III, no curso de Letras – Português, da Universidade Estadual da Paraíba, no qual foi realizada uma reflexão sobre uma Sequência Didática (SCHNEUWLY; DOLZ; NOVERRAZ, 2010; COSTA-HÜBES; SIMINIONI, 2004), aplicada em uma escola de Campina Grande - PB. A princípio, dois desafios foram basilares: abordar o gênero jornalístico editorial e explorar a temática da desigualdade social em meio a uma turma extremamente carente de material didático e desmotivada para discutir sobre qualquer aspecto da língua. Assim, esse estudo surgiu com o objetivo de: relatar a prática desenvolvida durante o estágio, focalizando, principalmente, o processo de escrita e de reescrita (PEREIRA, 2010; RUIZ, 2010) do gênero; bem como refletir, enquanto professoras em formação (SANT´ANA, 2016; TARDIF, 2012), sobre como despertar nos alunos o gosto pelas aulas de Língua Portuguesa. Nesse cenário, o corpus de análise são as produções, iniciais e finais, dos discentes, feitas ao longo das aulas de estágio, e as avaliações dessas estagiárias quanto ao interesse do alunado. Os resultados, de uma forma geral, apontam para: por um lado, o pouco avanço no que diz respeito ao aspecto formal da língua; mas, por outro, notamos a motivação dos alunos quanto aos processos de escrita e reescrita, já que não são habituados com tal prática. Percebemos que poucos são estimulados e, em decorrência disso, reconhecemos, como professoras em formação, que é possível fazer um trabalho processual com gêneros textuais, despertando o gosto pela leitura e pela escrita de sujeitos no Ensino Médio.